O director do Serviço Nacional de Geologia e Mineração
(Semageomin) do Chile, Enrique Valdivieso, afirmou que a nuvem de cinzas do
vulcão Puyehue, que entrou em erupção a quatro de Junho, «dará a volta ao
mundo».
Segundo a EFE, o especialista assegurou que «a nuvem
desloca-se a uma velocidade bastante alta e assim continuará».
Enrique Valdivieso disse ainda que na terça-feira
«houve colunas de cerca de dez quilómetros, registando a maior instabilidade da
zona, com uma média de seis sismos por hora», embora frise que é «um fenómeno
normal no contexto da erupção»
Atividade do vulcão chileno pode durar meses, diz
especialista
A atividade do vulcão chileno Puyehue, que entrou em
erupção no dia 4 de junho e provocou cancelamentos e atrasos nos principais
aeroportos do Cone Sul, pode demorar meses para terminar.
'"É difícil prever quando o vulcão vai voltar ao
estado normal. Pelo seu histórico, isso pode demorar pelo menos um ou dois
meses", afirmou o professor Gaston Eduardo Enrich Rojas, do Instituto de
Geociências da USP.
O Puyehue --que tem cerca de 10.000 anos de idade--
entrou em erupção duas vezes no século passado. Na primeira, a atividade
vulcânica durou entre dezembro de 1921 e fevereiro do ano seguinte.
A última erupção do Puyehue foi em 1960, quando o
vulcão permaneceu em atividade por dois meses. Para Rojas, o histórico do
Puyehue é um "bom" parâmetro para entender a atividade atual e a
emissão de cinzas.
"Não dá para ser exato, mas as últimas vezes [em
que entrou em erupção] mostram que o vulcão foi perdendo intensidade e as
nuvens de dissipando durante o período em que esteve ativo", afirmou o
professor.
De acordo com Rojas, os vulcões da região dos Andes
possuem magmas são ricos em sílica e possuem alta viscosidade --características
que aumentam a capacidade de explosão e formação de cinzas. |