Portugal manifestou a intenção de propor como "área marinha protegida" os cumes submarinos Gorringe, localizados a 300 quilómetros da costa, segundo a organização internacional Oceana.
Foi recentemente disponibilizado um dos documentos do encontro internacional do ICG-MPA (Intersessional Correspondece Group on Marine Protected Areas), no âmbito da Convenção para a Proteção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste (Ospar), que decorreu no final de janeiro em Edimburgo, na Escócia: no ponto sobre o desenvolvimento da rede Ospar, lê-se que Portugal tem a "intenção de designar os cumes do Gorringe como um local de Importância Comum na Rede Natura 2000”.
A recolha da informação necessária para o processo "foi iniciada”, segundo o documento, que indica que a candidatura terá de ser avaliada pela Comissão Europeia. Os cumes têm cinco mil metros de altura e nasceram com o Atlântico, começando a formar-se no final do Jurássico, com o movimento das placas tectónicas da América do Norte, África e Eurásia.
Ao estarem situadas sobre a falha de Açores-Gibraltar, sempre foram um lugar de história convulsa, incluindo o grande terramoto de 1755, que gerou um tsunami que destruiu a cidade de Lisboa, assim como outras localidades portuguesas, espanholas e marroquinas.
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