Desde que foi descoberto em 1898 na América do Sul (há 114 anos, portanto), que se pensava que um fóssil com sete milhões de anos pertencia a uma espécie ancestral de um lémur, apesar de ser o único registo desta espécie encontrado até hoje. Ora, as dúvidas em volta deste fóssil foram desvendadas recentemente, tendo-se descoberto que afinal este ''lémur'' não se trata de um primata mas sim de um peixe !
Sendo assim, a espécie Arrhinolemur scalabrinii (lémur-sem-nariz), que era considerada um mamífero desde que foi descoberta, vai agora passar a constar entre as espécies marinhas ancestrais graças ao trabalho de cientistas da Universidade Maimónides, em Buenos Aires, Argentina; Universidade do Oregon e Instituto Smithsonian.
"Não é raro ver uma espécie ser reclassificada num género diferente, mas não é tão frequente ver uma passar para uma classe totalmente diferente”, disse em comunicado Brian Sidlauskas, especialista em peixes do Departamento de Pescas e Vida Selvagem da Universidade Estatal de Oregon e co-autor do estudo.
A correta classificação desde fóssil como uma espécie marinha vai assim ajudar a compreender melhor a biodiversidade e a evolução das formas de vida no passado.
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