A ministra do Ambiente defendeu hoje que a reintrodução do lince ibérico em território nacional pode atrair pessoas para zonas desertificadas, mas alertou para a necessidade da coexistência equilibrada da espécie com a caça e a agricultura. "O grande desafio é conseguir uma compatibilização dos usos no mesmo território de forma equilibrada", referiu Assunção Cristas, sublinhando que as regiões para aonde está prevista a introdução do lince serão valorizadas economicamente. Segundo a governante, a coexistência da espécie com a caça, a agricultura e outras atividades permitirá a existência de um território mais "rico", "ordenado" e "com capacidade para atrair gente". A ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, falava hoje à margem da apresentação da implementação do Plano de Ação do Lince Ibérico, no centro nacional de reprodução daquele animal, em Silves. O projeto que está a ser desenvolvido em cooperação com Espanha consiste na reprodução em cativeiro daquela espécie, com o intuito de inverter o seu processo de declínio e recuperar os núcleos que antes existiam. Só este ano nasceram no centro de Silves 21 crias de lince ibérico (quatro não sobreviveram), uma taxa de sucesso, já que na anterior época reprodutiva, que decorre entre dezembro e março, nenhuma das crias sobreviveu.
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