Figura 1. Fóssil do Microraptor
Nos céus do Cretácico, há 130 milhões de anos, o Microraptor seria um vulto negro e brilhante a planar. O dinossauro alado já é bem conhecido entre os paleontólogos, mas nunca se tinha analisado com este detalhe a cor da plumagem. Uma equipa de cientistas descobriu que as penas eram negras e tinham um brilho iridescente, uma característica comum nas aves de hoje, mas que só se tinha encontrado ainda num fóssil de uma ave com 47 milhões de anos.
As conclusões foram retiradas a partir de um fóssil com penas de Microraptor, descoberto no Nordeste da China, que já tinha sido estudado. Desta vez, os cientistas analisaram as penas com um microscópio electrónico. Para onde olharam? Para os melanossomas. Estruturas ricas em pigmentos, que consoante o seu tamanho, forma e empilhamento, ajudam a reflectir a luz de uma certa forma, e dão cor às penas.
Figura 2. Nova reconstituição do Microraptor
Os cientistas compararam os melanossomas do Microraptor com os melanossomas de aves vivas com diferentes cores e, a partir da organização destas estruturas e a comparação com o que se passa hoje na natureza concluíram que a plumagem do Microraptor era preta e tinha um brilho iridescente – que faz reflectir todas as cores do arco-íris. Este brilho só surge quando os melanossomas estão postos em camadas empilhadas.
Source: http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/microraptor-era-dinossauro-alado-negro-e-brilhante-1536950 |