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Réptil marinho gigante põe Angola na história da Paleontologia - Português da Universidade Nova de Lisboa integra equipa PaleoAngola
Um fóssil de um réptil marinho gigante foi descoberto pelo
investigador brasileiro José Luiz Neves, na orla marítima da barra do
Kwanza, em Angola, segundo divulgou hoje a agência angolana Angop.
Segundo o cientista, o fóssil pertence a um dos maiores predadores de
todos os tempos, com pelo menos dez metros de comprimento e em vida
pesava mais de dez toneladas.
Réptil marinhos gigante. (Projecto PaleoAngola)
"Sinto-me extremamente agraciado por essa descoberta e serve
como retribuição ao país que me acolheu de braços abertos para colaborar
no seu desenvolvimento”, referiu Neves, sublinhando que agora
"Angola entra para a história da Paleontologia, colaborando para
desvendar o passado remoto do Planeta Terra e ajuda a escrever a sua
história”.
Encontrado a 170 quilómetros de Luanda,
Entre-Os-Rios Kwanza e Longa, de acordo com o perito, até ao momento,
esse pliossáurio será o primeiro fóssil de réptil marinho em África,
tendo sido outros espécimes encontrados em Inglaterra, na Noruega, na
Austrália e no Alasca.
Especialista na área ambiental, com mais de 27 anos de trabalho na área
petrolífera, José Neves localizou o fóssil do réptil gigante marinho em
Março, quando passeava com os filhos e, ao mesmo tempo, realizava
pesquisas para o projecto de mestrado sobre fitoplânctons (seres
marinhos microscópicos).
O investigador encontrou fósseis de gastrópodes, artrópodes, belemnites,
nautilos, bivalves, um pequeno mamífero primitivo por identificar,
peixes, e outros animais. Essas descobertas dão uma visão real de como
foram as eras eco e paleofauna, no final do cretáceo, quando a América
do Sul já estava separada de África, com o oceano Atlântico banhando os
dois continentes, segundo o investigador.
Já foram dados os passos para o registo das descobertas e contactos
foram feitos com o Museu Nacional de História Natural e com o
projecto PaleoAngola,
que integra o português Octávio Mateus, da Universidade Nova de Lisboa e
do Museu da Lourinhã, para que se possa agregar estas descobertas às
importantes pesquisas já feitas anteriormente.
Source: http://www.cienciahoje.pt |
Category: Paleontologia | Added by: isahenriques (2011-08-13)
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