Estas imagens mostram
a impressionante erupção de um vulcão submarino em Tonga no Pacífico Sul, à
dois anos. A erupção gerou um Tsunami que arrasou a costa da vizinha Samoa.
Fig.1, 2 e 3: Erupção de um Vulcão Submarino em Tonga.
O leito do Oceano Pacífico, no chamado Anel de Fogo,
é um dos mais activos do Mundo. Foi, então, necessário elaborar imagens da
superfície deste fundo oceânico que tem causado tanta destruição. Para isso, uma
equipa de cientistas Britânicos, das
universidades de Oxford e Durham, utilizou a mais avançada tecnologia de Sonar, através de ressonância. Sendo assim possível
obter novas imagens computorizadas do fundo do mar, que revelaram como os
vulcões são destruídos num ambiente destrutivo de colisão de duas placas
tectónicas. A pesquisa incidiu, em parte, sobre a região do Anel
de Fogo do Pacifico. No Pacifico Sul existe uma área com uma fila de dezenas de
vulcões submarinos activos, no Norte da Nova Zelândia, perto das ilhas de Tonga
e Samoa. Aqui a placa tectónica do Pacifico colide com a placa
Indo-Australiana. Pela primeira vez os cientistas obtiveram imagens de como
esta fila de vulcões, de milhares de metros de altitude, é engolida pela falha
à medida que se aproximam do abismo.
Fig.4: Fundo Oceânico desta região, com realce para
a linha de vulcões submarinos que se aproximam do limite entre a placa do
Pacifico e a Indo-Australiana.
A falha tem quase 11Km de profundidade, poderia facilmente
envolver o Monte Evereste. É tão grande que, segundo um cientista da
Universidade de Oxford, Tony Watts, "o destino inevitável destes vulcões é
serem engolidos pelo abismo”. Ele diz que depois do próximo vulcão existe outro
que também será destruído.
Fig.5: Imagem Digital
da Fossa Oceânica (vista transversal).
Uma teoria diz que a destruição dos vulcões gera
mais fricção, o que resulta em sismos mais fortes, mas outra tese diz que, ao
se despedaçarem antes de serem engolidos, os vulcões irão criar uma zona de
amortecimento que suaviza o processo de destruição. Uma especialista em
Geologia Marinha, Lara Kalnins, afirma que as imagens do vulcão a desabar
mostram como o precipício engole partes da montanha fatiando-a como se fosse um
pedaço de pão. No entanto este movimento ocorre muito lentamente, a uma taxa de
6cm por ano. Fig.6: Imagem gerada pelo sonar: Vulcão Submarino. Esta pesquisa interessa aos países mais vulneráveis
a tsunamis. Em Março, a onda gigante que devastou parte do Japão foi causada
por um sismo submarino. Os geólogos afirmam que entender melhor esses fenómenos,
sobretudo no chamado Anel de Fogo, pode aperfeiçoar os sistemas de alerta de
sismos subaquáticos e de maremotos.
Source: http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2011/12/111207_vulcoes_engole_pu.shtml |